Publicado hoje às 20h31.
Atualizado hoje às 20h31.
Pode parecer leve e agradável, mas o último dia da temporada é complicado para os jornalistas.
No lado positivo, a pressão diminui e os jogadores estão mais descontraídos, como se já estivessem de férias. Eles costumam estar bem-humorados e dispostos a conversar. Às vezes, são até mais sinceros do que o habitual, como o momento em que Alexander Radulov não conseguiu confirmar seu retorno na próxima temporada, respondendo apenas com um “veremos” e um sorriso que revelava tudo.
Raramente um jogador adota a postura de “especial Andreï Markov” neste dia, recusando-se a responder perguntas, mas olhando nos olhos e fazendo barulhos com a boca. É nesses momentos que percebemos o peso que esses atletas carregam ao longo de uma temporada de hóquei.
Carey Price foi o jogador que mais me impressionou. O Carey da temporada e o Carey após a eliminação de sua equipe pareciam ser pessoas distintas.
No entanto, este dia parece interminável. Há tantas entrevistas acontecendo ao mesmo tempo, que alguns colegas parecem querer fazer um documentário sobre cada jogador. Daria material para uma semana de programação.
Mesmo com toda a turbulência, o dia de limpeza do vestiário do Canadiens é muito bem organizado.
Mais uma final memorável
Não sei exatamente por que, mas nos últimos jogos da temporada há algo de mágico no ar.
Nos últimos anos, tivemos os 3 (4) gols de Ryan Poehling, a vitória por 10-2 (com hat-trick de Caufield) sobre os Panthers. Na terça-feira, foi a 20ª queda de Juraj Slafkovski, que criou uma atmosfera de festa. Todos estavam torcendo por ele, mesmo que apenas Slaf embolsasse o bônus de US$ 250.000! Foi lindo de se ver e divertido de participar.
Foi uma noite especial para um time que já estava eliminado há muito tempo, reforçando o quanto o mercado de Montreal é único e como os fãs do Canadiens nunca perdem a paciência.