O pôster da edição 2024 do Aberto da França foi revelado esta semana. Não sem causar polêmica.
É uma criação do fotógrafo Paul Rousteau que foi selecionado esta semana para associar uma identidade pictórica à próxima edição de Roland-Garros. Um panorama ocre parisiense com vista para o Sena com o reflexo de uma quadra de tênis e uma bola amarela como o sol. Visualmente, o pôster de 2024 é um sucesso, mas a forma como foi criado divide.
Desde 1980, a Federação Francesa de Tênis oferece a um artista contemporâneo a oportunidade de criar o pôster de Roland-Garros. Este ano, ela optou por confiar esta conquista, a 45ª na história do torneio, ao fotógrafo Paul Rousteau.
Paul Rousteau com e… pic.twitter.com/kCnmHUMBeW
Para alcançar tal resultado, Paul Rousteau utilizou inteligência artificial e software Midjourney. “A inteligência artificial torna possível concretizar ideias malucas sem muito orçamento. Se eu tivesse que transformar todos os edifícios Haussmann em ocre, teria que acordar cedo. Torna possíveis coisas impossíveis”, respira o seu autor em entrevista concedida à BFM TV.
A tradição era confiar a um artista a criação de uma obra “pictórica”. Concordo com o título deste artigo. O esplendor da mediocracia.
“Absolutamente patético”: por que o pôster de Roland-Garros 2024 está causando debate através da @o parisiense– Bernard Giudicelli (@bgiudicelli_pr) 23 de dezembro de 2023
Na Web, porém, há numerosos testemunhos de indignação. Testemunhos retransmitidos em particular num artigo do Le Parisien intitulado ““Absolutamente patético”: porque é que o cartaz de Roland-Garros 2024 é polémico” que o ex-presidente da Federação Francesa de Ténis, Bernard Giudicelli, subscreve integralmente. “A tradição era confiar a um artista a criação de uma obra “pictórica”. Concordo com o título deste artigo. O esplendor da mediocracia”, troveja este último.