Parecia uma final de Grand Slam, pois a intensidade estava no auge.
Mas não, não havia nada em jogo neste disputado confronto entre o sérvio Novak Djokovic e o russo Daniil Medvedev. Se forem apenas 200 pontos na classificação e os $ 500.000 que vieram com a vitória (que, mesmo assim, não é nada).
• Leia também: Auger-Aliassime emparelha Nadal
• Leia também: Djokovic continua imperial
Djokovic, o sétimo favorito neste ATP Finals, classificou-se de imediato para as meias-finais e garantiu o primeiro lugar do grupo vermelho. Medvedev, quarto cabeça-de-chave, sabia há dois dias que deixaria Turim ao final do confronto.
O sérvio de 35 anos ainda deu tudo para vencer. E conseguiu, triunfando por 6 a 3, 6 a 7 (5) e 7 a 6 (2) em mais de 3h 10min de jogo na sexta-feira, após ver o russo sacar para a partida.
Vença contra os melhores
Por que essa explosão de energia do veterano de 35 anos, já garantido para enfrentar o americano Taylor Fritz (8º) nas semifinais do sábado, por volta das 8h, horário de Quebec?
Um Fritz que estava aproveitando um dia de folga, após vencer o quebequense Félix Auger-Aliassime na quinta-feira.
Pela honra, sobretudo, disse “Djoko”, que igualaria, com um triunfo no domingo, o recorde de seis campeonatos no final da época detido pelo suíço Roger Federer.
“Nesta fase da minha carreira, cada encontro como este é uma oportunidade de ouro para extrair a vitória de um dos melhores jogadores do mundo”, destacou Djokovic em entrevista coletiva.
Não muito motivado
Medvedev ficou surpreso ao ver um rival tão determinado desde o início do confronto.
“Antes da partida, eu não estava muito motivado. Mas durante a partida, percebi que ele estava 100%. Então eu disse para mim mesmo: “Ok, vamos jogar, vamos nos divertir!”, contou o russo, que deixou a Itália com um triste histórico de três derrotas.
“Não sei se poderia ter desistido e jogado [en demi-finale], levantou o sérvio. Eu nem pensei nisso. Eu realmente queria ganhar.”
O esforço do ex-número 1 do mundo, porém, teve consequências. Após o segundo set, Djokovic parecia exausto no banco. Sua mão direita estava tremendo. Ele enterrou a cabeça na toalha e depois esvaziou uma garrafa de água sobre a cabeça.
O “Djoker” não quis falar em detalhes sobre seu desconforto, para não dar muitas informações ao seu futuro adversário. Ele afirmou que era “exaustão dos longos comícios e da duração deste jogo”.