Passada a quatro segundos do pódio, sexta-feira no sprint de Grand-Bornand, em casa, Sophie Chauveau (23ª), 4ª ao largar no Mundial deste ano, não conseguiu conter as lágrimas no meio da corrida enquanto ela tinha acabado de marcar mais 5 de 5, chutando em pé. Após a chegada, Bornandine, de 23 anos, ainda parecia não ter percebido.
Coloque-se dois segundos no lugar de Sophie Chauveau. Aos 23 anos, ela descobre a Copa do Mundo pela primeira vez em sua jovem carreira. Para seu batismo de fogo no grande circuito, há duas semanas em Kontiolathi, ela assinou um excelente Top 20 na perseguição (19º) que a fez querer bater ainda mais forte. Isso é bom porque se aproxima o encontro de Grand-Bornand, de onde ela é e que faz todos os franceses quererem estourar a tela. E adivinha? La Bornandine venceu na sexta-feira a corrida de sua vida, no sprint, o primeiro confronto feminino na única rodada francesa no calendário da Copa do Mundo. A estreante da equipa francesa, a quatro segundos do pódio (terminou em 4º) viveu um momento de tal felicidade que… chorou a meio da corrida. “Quando saio do arremesso em pé, claramente estou em lágrimas, porque queria fazer um 10 de 10 e consegui (…) Percebi que poderia jogar algo extraordinário e comecei a chorar. Mas quando cheguei na passarela, disse para mim mesma “agora chega, vamos seguir em frente! “, contou então a heroína do dia, ainda perfeitamente no jogo pelo pódio ao final da 2ª intermediária (ela ocupava então o 2º lugar provisório).
“Eu me faço sonhar”
A jovem biatleta tricolor deixou saudades no box, mas isso não a impediu de realizar um de seus sonhos. “Eu não sei o que dizer, exceto que é uma loucura o que está acontecendo. É muito louco! Sempre foi um sonho vir para cá. Eu também sonhava em fazer algo de bom participando desta competição, para homenagear a França. E também sonhava em conseguir um resultado melhor do que o 19º lugar que havia conseguido no início da temporada, e aí está tudo ganho (sic). Tendo saído com o número 86, Chauveau imaginou um dia se sair tão bem quanto seu compatriota Antonin, que subiu ao pódio pela primeira vez em sua carreira em 2017 nesta mesma neve do “Grand-Bo” e lá também em s correndo entre os últimos. “Desde que cheguei lá, penso nisso. Disse a mim mesmo: “Antonin conseguiu, me fez sonhar, e já gostaria de fazer um Top 10 para fazer o público e os jovens sonharem. E aí me faço sonhar, é absolutamente incrível! Sophie Chauveau sempre teve a promessa de brilhar assim que combinasse suas proezas nos esquis com uma enorme performance de tiro. Resultado: ela fez a cópia perfeita. O suficiente para deixar cair algumas lágrimas no meio da corrida.