É importante destacar que Javier Milei, Presidente da Nação, defende a privatização do futebol argentino através da criação de Sociedades Anônimas Desportivas (SAD). No entanto, as SADs são proibidas pelo estatuto da AFA. Para alcançar o objetivo de privatizar os clubes locais, seria necessária uma reforma completa.
Nesse sentido, o jornalista Iván Schargrodsky revelou no Cenital que o governo nacional, liderado por Milei, tem um plano para influenciar a AFA e privatizar as instituições esportivas, indo contra as regras do futebol argentino. Com o apoio ideológico e estrutural de Mauricio Macri e Daniel Scioli, atual Secretário de Turismo, Meio Ambiente e Esportes do Ministério do Interior da Argentina, a estratégia seria implementada de dentro do governo.
Schargrodsky afirmou que a intenção é permitir que “um clube seja propriedade de uma empresa estrangeira” mesmo sem a autorização da AFA. Para contornar a proibição das SADs nas competições nacionais, Milei, Scioli, Macri e outros planejavam entrar com medidas judiciais contra Pablo Toviggino, secretário executivo da Presidência da AFA, ameaçando processos legais. “A reunião com Carlos Tévez, treinador do Independiente e também próximo de Macri, fez parte dessas estratégias sutis”, disse o jornalista político.
Em relação ao Independiente, surgiu a intenção do governo nacional de envolvimento com um clube específico do futebol argentino. Segundo Schargrodsky, Sergio “Kun” Agüero é o responsável por intermediar entre o clube, o capital estrangeiro e a política atual.