Novamente no ataque durante a 19ª etapa do Tour de France, Julian Alaphilippe passou bem longe da vitória ao terminar apenas em 26º em Poligny.
Não podemos culpá-lo por não tentar. Muito ofensivo, Julian Alaphilippe tem multiplicado as investidas desde o início desta Volta a França, mas o bicampeão mundial, outrora protagonista do Grande Boucle, até ao momento tem estado muito longe de uma vitória de palco desde a partida de Bilbau. O seu melhor resultado até ao momento é o 10º lugar em Issoire, onde ocupava a retaguarda do grupo perseguidor. E nunca Alaphilippe, quando foi para a frente, deu a impressão de ser um dos homens mais fortes da fuga.
A situação repetiu-se esta sexta-feira, dia 19 e antepenúltimo da Volta, onde Alaphilippe escorregou para o bom intervalo: um grupo de oito fortes, com Warren Barguil, Tiesj Benoot, Victor Campenaerts, Jack Haig, Mads Pedersen, Nils Politt, Matteo Trentin e Georg Zimmermann. Infelizmente para o francês, as equipes Uno-X e Israel trouxeram de volta um grupo maior, e foi um contingente de 36 fugitivos que se formou logo após a metade do caminho.
Naquela época, era Kasper Asgreen, vencedor no dia anterior em Bourg-en-Bresse e voltando de trás, que farejava ao sair com Ben O’Connor e Matej Mohoric. O dinamarquês foi finalmente ultrapassado por Mohoric na finalização fotográfica, enquanto Alaphilippe terminou alguns metros atrás do segundo grupo de perseguidores, num anónimo 26.º lugar. Sua vida diária no Tour.
Alaphilippe: ′′ Estou perfeitamente ciente de que as pernas não estão 100%, mas estou de bom humor, onde quero me esforçar e gosto de correr assim. É difícil jogar pela vitória, mas me fará bem para o futuro. #TDF2023 pic.twitter.com/4FLOL4mFE9
— Le Gruppetto (@LeGruppetto) 21 de julho de 2023
Supercombativo para se consolar?
Se Alaphilippe tiver que sair com algo deste Tour, provavelmente não será uma vitória de etapa, a menos que ele se transcenda nas encostas de Markstein no sábado ou surpreenda seu povo na Champs-Elysées. Sua melhor chance é conquistar o título de supercombativo, ele que acumula 779 quilômetros em suas oito fugas (maior total atrás dos 807 km de Neilson Powless, segundo o Pro Cycling Stats). Powless e Alaphilippe são os favoritos ao prêmio, junto com outros incansáveis atacantes Victor Campenaerts e Krists Neilands.
Alaphilippe já conquistou esse prêmio de espírito de luta em 2019, mas naquele ano venceu duas etapas, vestiu a camisa amarela por 14 dias e terminou em quinto lugar na classificação geral. Nada a ver com esta edição onde o seu peso na prova continua a ser menor, apesar da aura que continua a ser própria.