A TF1 não irá transmitir nenhuma partida das Copas do Mundo de 2026 e 2030. Anunciado há duas semanas, o fato foi explicado pelo vice-gerente geral de negócios e esportes do grupo, François Pellissier.
O anúncio teve um pequeno impacto há duas semanas, quando vários meios de comunicação revelaram a notícia surpreendente: A TF1 não irá transmitir nenhuma partida das Copas do Mundo de 2026 e 2030. Considerando o valor muito alto a ser colocado na mesa, no âmbito do concurso organizado para obter os direitos de transmissão dos dois Campeonatos do Mundo em questão, o principal canal francês optou por passar a vez e deixar o campo livre para seus concorrentes, o M6. Portanto, a TF1 não irá oferecer nenhuma partida aos seus telespectadores. Seu vice-gerente geral de negócios e esportes explicou essa decisão.
Em entrevista concedida nesta sexta-feira ao programa O Time, François Pellissier procurou ver as coisas de forma positiva. Para a TF1, emissora da Copa do Mundo desde 1978, abrir mão desses direitos não representa uma “perda” para a líder, que adicionou que o “esporte não é vital” para o canal. Explicando que “assumir uma certa perda em um evento único que dura um mês não faz sentido”, o homem confirmou que a oferta de seu grupo, que acabou sendo insuficiente, foi “informada” e que ele “esperava” e “também estava preparado” para o fracasso.
Muito risco
Muitos riscos a serem assumidos, muitas incógnitas, talvez essa seja a principal razão para a extrema cautela da TF1. François Pellissier mencionou especialmente “o risco esportivo – primeiro o da qualificação e depois o possível desempenho da equipe francesa – que talvez tenhamos a tendência de esquecer”. Os horários e a programação da Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá, são outros aspectos que foram considerados, com jogos frequentemente transmitidos no meio da noite devido ao fuso horário. Um terceiro critério que chamou a atenção da TF1, de acordo com o gerente, foi: “A partir de 2026, haverá mais partidas com equipes um pouco mais fracas. Elas serão suficientemente interessantes e bem programadas?”
Por enquanto, foi o M6 que saiu vitorioso. Mas a TF1 poderia fazer uma proposta de sublicenciamento para recuperar algumas transmissões? François Pellissier deixou uma possibilidade em aberto. “Não consigo prever o futuro. Mas ficaria bastante surpreso se um acordo que não foi alcançado ontem pudesse ser alcançado amanhã, especialmente com condições financeiras que não correspondem ao que desejamos fazer.”