O milagre aconteceu: a Costa do Marfim, perto da eliminação há três semanas, venceu a Taça das Nações Africanas diante dos seus adeptos na noite de domingo, em Abidjan, ao derrotar a Nigéria com um golo decisivo de Sébastien Haller (2-1).
O delírio é total. Lá Costa do Marfim venceu a Taça das Nações Africanas de 2023 que organizou (nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2024), domingo à noite, ao vencer a Nigéria na final (2-1), num delirante estádio Alassane-Ouattara. Pela terceira estrela do país, depois das coroações de 1995 e 2015 (com Yaya Touré mas sem Didier Drogba).
Vale lembrar que os Elefantes quase foram eliminados após a derrota por 4 a 0 para a Guiné Equatorial, na terceira partida da fase de grupos, no dia 22 de janeiro. Jean-Louis Gasset jogou a toalha, seu assistente Emerse Faé assumiu as rédeas desta equipe que milagrosamente se classificou para as oitavas de final como 3º do grupo. A qualificação nos pênaltis contra o Senegal, o atual campeão, deu início a uma jornada lendária.
Haller como herói, que símbolo!
E a final deste domingo à noite também ofereceu reviravoltas, já que as Super Águias de Victor Osimhen abriram o placar na única oportunidade do primeiro tempo, com uma cabeçada do zagueiro e capitão William Troost-Ekong (38º). Os marfinenses sempre acreditaram nisso, primeiro empatando através de Franck Kessié, também de cabeça (62º).
E o milagre apareceu a dez minutos do final do tempo regulamentar. Sébastien Haller foi o último herói de um povo inteiro. Único artilheiro da semifinal contra a RD Congo quatro dias antes, o atacante de 1,90 m, sofrendo de câncer testicular no verão de 2022, deu vantagem à Costa do Marfim após cruzamento de Simon Adingra (81º). A festa poderia começar!