Operado na última sexta-feira por pubalgia, Vincent Gérard, antes de pensar nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, espera inicialmente poder participar do Euro na Alemanha com os Blues. O goleiro do Kiel sabe que o momento promete ser muito apertado, mas mesmo assim mantém os dedos cruzados.
Transferido para Kiel neste verão, Vincent Gérard (36 anos) poderá disputar em terras que agora conhece bem o seu último Euro com a seleção francesa. Aliás, é na Alemanha que se realizará este Campeonato da Europa, de 10 a 28 de janeiro. Num encontro em que o guarda-redes dos Blues pensava que teria de traçar um limite quando lesionado nos adutores, soube que teria de fazer uma cirurgia à pubalgia. A operação (que durou quase uma hora) aconteceu na última sexta-feira – “O doutor Reboul reconstruiu meus adutores e a parede abdominal”, explica Gérard no site do O time – e o ex-goleiro do PSG recuperou a esperança de participar do Euro. Mesmo sabendo que o momento promete ser muito apertado. No caso dele, podemos até falar de uma corrida contra o relógio, a menos de quatro meses do Dia D. “A primeira partida do Euro é dia 10 de janeiro, faltam ainda quase quatro semanas (após a sua retomada). Parece factível para mim. Em qualquer caso, permite-me ter um objectivo real”, admite o internacional francês com 150 internacionalizações, sem esconder que está especialmente ansioso por não sofrer mais.
Gérard: “Se não posso voltar, é desporto”
“Espero não sentir mais dor, sobretudo poder pensar só em handebol, porque há mais de um ano eu pensava meio dor, meio handebol. » Se, como o Doutor Reboul lhe anunciou, Gérard puder voltar a jogar em alto nível no dia 15 de dezembro, deverá poder fazer parte deste Euro. Também pensando nos Jogos Olímpicos Paris 2024 no próximo verão, que podem marcar sua despedida da seleção. Sabendo que o nortenho viveu “um ponto em que já não conseguia jogar”, prefere, no entanto, não planear com antecedência. Até porque nada hoje garante que ele voltará ao patamar que o tornou o melhor goleiro do planeta por muitos anos. “Se não posso voltar (ele tem 36 anos), é esporte. Não me preocupa tanto”, confessa, no entanto, o campeão olímpico, campeão mundial em 2017 e campeão europeu em 2014, ao mesmo tempo que recorda que “ainda falta muito tempo para os Jogos Olímpicos. »