Embora esperasse ser um dos porta-estandartes da delegação francesa nos Jogos Olímpicos de Paris, os pré-critérios que o CNOSF anunciará esta quarta-feira excluirão Teddy Riner. Assim como a maioria das outras estrelas do esporte francês.
A quatro meses dos Jogos de Paris, Teddy Riner está focado no último objetivo de sua imensa carreira: conquistar o quarto título olímpico na capital, em casa. O seu recente sucesso no Grand Slam de Paris, embora ainda se considere muito longê de estar 100%, inevitavelmente lhe deu confiança. O peso pesado francês prepara-se, no entanto, para uma grave desilusão: não será um dos dois porta-estandartes da delegação francesa nas Olimpíadas.
Segundo o Le Parisien, os critérios estabelecidos pelo CNOSF, que serão anunciados esta quarta-feira, irão de fato impedi-lo de reivindicar esta honra. Sem muita surpresa, os líderes das Olimpíadas Francesas decidiram de fato reservar este papel de porta-estandarte para atletas (um homem e uma mulher) que não o fizeram no passado. Porta-bandeira no Rio, Teddy Riner, portanto, não poderá se candidatar, assim como sua companheira Clarisse Agbégnénou, que liderou a delegação francesa a Tóquio.
Uma votação reservada aos atletas
De acordo com uma pesquisa YouGov realizada para o internauta, Teddy Riner foi, no entanto, a primeira escolha do público francês, já que 27,4% dos entrevistados favoreceram o judoca no papel de porta-estandarte. Assim, teve o luxo de estar à frente de Kylian Mbappé e Antoine Dupont, mas as duas estrelas do desporto francês também não poderão ser um dos dois porta-estandartes franceses em Paris.
Segundo a CNOSF, os porta-bandeiras já devem ter participado nos Jogos Olímpicos, o que exclui Kylian Mbappé, desde que possa estar presente, e Antoine Dupont, mas também Victor Wembanyama. Por fim, muitos dirigentes do desporto olímpico francês também gostariam que os porta-bandeiras fossem irrepreensíveis e, portanto, nunca tiveram problemas com a lei, que desta vez exclui Nikola Karabatic, condenado em 2016 a dois meses de prisão num caso em Paris, Renaud Lavillenie, responsável por um grave acidente de moto em 2008, ou Earvin Ngapeth, condenado em 2016 por uma grave altercação com um controlador da SNCF.
Embora a designação dos porta-bandeiras deva ser reservada aos atletas, e não aberta ao público como deseja o ministro do Desporto, a votação só terá lugar em julho, depois de cada federação ter designado dois candidatos.