Como ele mesmo admite, Martin Fourcade ainda não terminou sua carreira como esportista de alto nível.
Três anos depois de guardar os esquis e encerrar uma carreira que o tornou um dos maiores atletas franceses da história, Martin Fourcade lançou um novo desafio. No auge do pentacampeão olímpico e treze vezes campeão mundial. Esta quarta-feira, o catalão estará de facto no palco da Maison de la Culture de Grenoble para se apresentar pela primeira vez Hors-piste, um espectáculo intimista em que o ex-biatleta pretende revelar-se ao público.
E segundo ele, a crise da Covid não tem nada a ver com esta aventura. “ Tive um final de carreira desportivo magnífico, com uma vitória, bem divulgada na comunicação social.. Mais com as últimas cinco corridas a portas fechadas, senti muita falta do contato humano, um jubileu como Thibaut Pinot pôde vivenciar”, ele explicou nas colunas do Le Parisien, acrescentando: “O espetáculo se consolidou como a melhor forma de chegar, por sua vez, às pessoas, de agradecê-las e poder fechar esse parêntese. No final do inverno, minha carreira como atleta de ponta ficará para trás. »
Às vezes ganhamos, às vezes não
Esse show será uma oportunidade para contar sua história e segundo ele não pretende evitar nada. Suas deficiências ou falhas serão assim abordadas. “Admito falhas ou traços de caráter necessários para ser um grande campeão, mas dos quais temos menos orgulho. O egoísmo, por exemplo, faz parte de mim e me trouxe onde estou. Neste programa também quero mostrar o que acontece por trás da foto”, ele confidenciou, especificando: “Fiz a promessa de ser autêntico, franco e aberto. Eu farei. Então como as pessoas irão recebê-lo…”
E assim como enfrentou alvos ou nas pistas quando estava ativo, Martin Fourcade pretende colocar todas as chances ao seu lado para “não tenha arrependimentos”. “Às vezes ganhamos, às vezes não, conheço as regras do jogo desde a minha primeira competição que não ganhei, tinha 5 anos”, sussurrou. O que me interessa é não me arrepender daquilo que sou capaz de dar, da melhor forma possível. Saber se vai funcionar ou não não é o objetivo…”