Já titulado nos 100m, Noah Lyles assinou a dobradinha nesta sexta-feira ao vencer também os 200m no Mundial de Budapeste, em 19”52. Sua terceira coroação consecutiva à distância. Entre as mulheres, a jamaicana Shericka Jackson manteve o título ao arrasar na final. Faltavam ainda sete centésimos para quebrar o lendário recorde de Florence Griffith-Joyner.
Noah Lyles fez isso de novo. Já coroado nos 100m, o velocista americano de 26 anos também conquistou o título mundial nos 200m na sexta-feira, em Budapeste. Grande favorito desta final, já que era bicampeão na distância, Lyles ditou facilmente a sua lei ao outro americano Erriyon Knighton e ao surpreendente batswana Letsile Tebogo (medalhista de prata nos 100m), os dois finalistas mais jovens desta sexta-feira à noite, respectivamente 2.º na 19”75 e 3º em 19”81, mas ambos incapazes de conter o ímpeto de Lyles, o primeiro atleta desde Usain Bolt a conseguir a dobradinha 100-200 no Mundial (em 2015), objetivo que o floridiano havia anunciado claramente.
“O público não achou necessariamente que eu ganharia essa medalha de ouro, mas ganhei. Aos meus olhos, representam ainda mais do que o dos 100m, até porque o adversário foi o mais forte que já existiu”, saboreou Lyles, que agora sonha em levar o revezamento 4x100m ao degrau mais alto do pódio no dia seguinte. esta noite que viu os dois campeões mundiais sobrevoarem a corrida
Griffith-Joyner tremeu
Bis de fato se repetiu nas mulheres para uma Shericka Jackson (29 anos) em estado de graça e muito perto de escrever a lenda. Já titulada na última edição, em Eugene, a jamaicana que brilhou há alguns anos nos 400m, confirmou que era atualmente de longe a mais rápida nos 200m ao arrasar na final. Jackson, 2º nos 100m no Mundial de Budapeste há poucos dias, atrás de Sha-Carri Richardson, já havia corrido muito rápido (21”48) no último Mundial.
Ela se saiu ainda melhor na sexta-feira ao assinar com um tempo incrível de 21”41 pela segunda vez na história, apenas sete centésimos do lendário recorde mundial de Florence Griffith-Joyner em Seul em 1988 (21”34). Intocável, a jamaicana, visivelmente desiludida por não ter estabelecido a nova marca mundial, não deixou hipóteses às duas americanas Gabrielle Thomas (21”81) e Richardson, que por isso se ofereceu uma nova medalha, desta vez em bronze.