Vencedor no sábado ao lado do americano Austin Krajicek em seu primeiro título de duplas em Roland Garros, um ano depois que os dois homens perderam apesar de três match points, Ivan Dodig estava furioso. Depois do sucesso, o croata lançou-se contra a organização, que o obrigou a deslocar-se ao estádio em… táxis.
Apesar de três bolas para encerrar a partida e conquistar o primeiro título em Roland-Garros, contra Jean-Julien Rojer e Marcelo Arevalo, Ivan Dodig e Austin Krajicek ficaram desiludidos no ano passado, na final de duplas masculina. Os dois homens, porém, prometeram se vingar na edição seguinte. E eles conseguiram. No sábado, o croata e o americano, parceiros na especialidade desde a primavera de 2022 mas sem conseguir triunfar nos torneios do Grand Slam, juntaram-se finalmente os seus nomes à lista de vencedores de um Major, em Paris, por esmagamento (6- 3 , 6-1) na final a dupla belga composta por Sander Gille e Joran Vliegen. O que alegrar no ponto mais alto de Dodig já titulado Porte d’Auteuil mas ao lado de Marcelo Melo (em 2015) como de Krajicek, impulsionou o número 1 mundial em duplas após este primeiro título de Grand Slam para ele (Nota do editor: Dodig também havia conquistado o Open da Austrália, em 2021, com o eslovaco Filip Polasek). O americano, encantado (“Meu treinador me disse que Roland-Garros era seu Grand Slam favorito há alguns anos, não tinha certeza se tinha a mesma opinião, mas hoje, com certeza, sim. Espero que possamos voltar a este tribunal muitas vezes novamente”), não se destacava de seu sorriso. Por outro lado, do lado de Dodig, esta terceira coroação num Major não fez esquecer tudo o veterano de 38 anos, furioso contra a organização.
Dodig: ‘O torneio deve tratar cada jogador como eles merecem’
Não fazendo parte da lista de jogadores com direito a viatura oficial para se deslocarem ao estádio, o croata teve de arranjar um táxi todos os dias para chegar a Roland-Garros. E o veterano (tem 38 anos) vivia muito mal, até porque esta obrigação que não via chegar a fazer-se de turista, não lhe trazia só alegrias. “Durante quinze dias viajei para este torneio de táxi…cheguei atrasado para o aquecimento com o meu companheiro…esperei quarenta minutos pelo táxi, fiquei muito triste…” Dodig, em declarações transmitidas pelos nossos colegas do welovetennis, não decolou no sábado, apesar do título conquistado com Krajicek. “O torneio deve tratar cada jogador como ele merece, espero que no próximo ano você se saia melhor…” Aparentemente, não deve ser complicado.