Perseguido por um ex-colaborador por assédio moral, Pierre Ménès descobriu a sentença da justiça na semana passada.
Foi em outubro de 2019, muito antes do tumulto mediático que atingiu Pierre Ménès num cenário de misoginia e comportamento ultrajante, que Emmanuel Trumer decidiu denunciar o homem que assistiu durante alguns meses, de setembro de 2017 a junho de 2018. Na ocasião, o interessado acusou o ex-colunista do Canal Futebol Clube de assédio moral. Uma queixa indeferida em outubro de 2020 pela promotoria de Nanterre.
A informação judicial é, no entanto, aberta dois meses depois, em dezembro de 2020, enquanto Emmanuel Trumer apresenta uma denúncia com ação civil por comentários de Pierre Ménès supostamente homofóbicos e racistas. Procedimento que vale ao jornalista ser colocado na condição de testemunha assistida, aguardando seu eventual julgamento. Encerrada a investigação, o juiz finalmente ordenou a demissão em 6 de fevereiro, de acordo com as requisições da promotoria feitas em meados de dezembro.
Outros processos em andamento
Pierre Ménès, de 59 anos, vê assim encerrado este primeiro processo de acusação, mas continuam em curso outros processos contra ele. O polêmico segue sendo alvo de uma investigação preliminar da promotoria de Nanterre por agressão sexual e assédio sexual, segundo as revelações do documentário de Marie Portolano “Eu não sou uma vagabunda, Eu sou a jornalista”. Já ouvido pelos investigadores da Brigada de Repressão à Delinquência Contra Pessoas (BRDP) neste caso, Pierre Ménès também é alvo de julgamento por agressão sexual contra uma anfitriã do Parc des Princes, em novembro de 2021. Um processo aberto pela promotoria de Paris sem apresentar queixa da jovem em questão.