Foi na manhã desta segunda-feira que ocorreu a apresentação oficial das ofertas dos candidatos aos direitos de transmissão L1 para o período 2024-2029.
Atualmente divididos entre Amazon e Canal+, os direitos de transmissão da Ligue 1 mudarão de mãos a partir da próxima temporada, por um período de cinco anos (2024-2025). Se a Amazon pretende a priori permanecer no jogo, o mesmo não acontece com o Canal+ que, face aos preços actualmente apresentados, preferiu seguir em frente. A Liga de Futebol Profissional espera nada menos que 800 milhões de euros pelos dois lotes colocados no mercado.
O lote premium, composto pelos dois melhores cartazes do dia do campeonato e pela quarta escolha em co-transmissão, está avaliado em 530 milhões de euros – o chamado lote de volume, que inclui os outros seis jogos de cada eliminatória, a 270 milhões de euros. Isto representa um total de 218 milhões de euros a mais do que a participação anterior na mídia (332 milhões de euros para os dois jogos principais, pelo Canal+; 250 milhões para o restante, pela Amazon). O objectivo da Liga é atingir mil milhões de euros por ano com direitos internacionais que serão colocados à venda numa segunda fase.
Novos atores candidatos
Segundo a RMC, nada menos que oito players responderam ao concurso lançado pela LFP, apresentando as suas ofertas qualitativas e garantias financeiras esta segunda-feira de manhã em Paris. A beIN Sports foi a primeira da fila, obviamente muito interessada no segundo lote, maior e cujo preço foi considerado mais razoável. Muita coisa que a Amazon também manteria, não necessariamente disposta a investir muito mais do que atualmente. Outro candidato declarado: DAZN, a plataforma gulosa que não parece louca com os seus seis mil milhões de dívidas já acumuladas, mas que planeia um regresso ao equilíbrio no curto prazo.
A identidade dos outros concorrentes nesta fase não é conhecida mas surgiu o boato de um interesse renovado da RMC Sport, bem como a entrada em jogo de um novo jogador: o grupo Warner Bros Discovery, dono do Eurosport. Do lado da GAFA, além da Amazon, devem passar a vez o Facebook e o Google, mais focados no mercado norte-americano. A Apple, por outro lado, é uma liderança credível, mas mais para os direitos internacionais. A subida de classificação nas últimas horas diz respeito ao Paramount+, plataforma de streaming que não esconde as suas ambições no desporto e que já detém os direitos da Liga dos Campeões nos Estados Unidos.