Como centenas de jogadores profissionais, Katherine Sebov rola há alguns anos no circuito da ITF, na antecâmara do esplendor do WTA, longe do glamour dos torneios de Grand Slam.
Tanto que a ontarense de 24 anos já dizia “missão cumprida” na semana passada, quando venceu sua primeira partida pelas eliminatórias em Melbourne. “Eu nunca havia conseguido algo assim antes”, observou ela na terça-feira.
Então, Sebov venceu o segundo encontro. E o terceiro, que lhe deu seu ingresso para o grande filme. Mas enquanto a sorte – e principalmente o tênis – parecia estar do seu lado, o empate não a poupou.
Garcia…mais centro
O esguio atleta poderia ter competido contra outro qualificador no primeiro round. O destino finalmente quis que ela enfrentasse a francesa Caroline Garcia, a quarta favorita, campeã do Masters no final da temporada.
Um jogador a quem Sebov, que esta semana ocupa a melhor classificação da sua carreira, concede 186 classificações na WTA.
E uma jogadora que não a deixou muito em campo nesta terça: depois de um início de jogo mais igualitário, que convenceu a canadense de que ela tinha “o seu lugar aqui”, a francesa venceu por 6 a 3 e 6 a 0, em 1 a 0 h 05 min.
Essa reviravolta do destino, porém, veio com um nanane, ainda mais bonito do que a garrafa de champanhe oferecida pelos organizadores quando ela se classificou (ela prefere tequila, de qualquer maneira): a oportunidade de pisar na Rod Laver Arena, o maior estádio de Melbourne com 15.000 assentos.
Do sonho à realidade
Eles estavam bastante vazios na terça-feira, como costuma acontecer no início do dia, especialmente nos jogos do sorteio feminino. Mas para Sebov, isso não importava. “Nunca tinha passado por nada parecido, nunca tinha jogado diante de um ambiente assim”, arrematou o tímido jogador.
“Eu só queria aproveitar”, acrescentou ela. Era meu sonho desde pequeno.”
E você conseguiu se divertir, Katherine? “Oh sim! Isso me confirmou que eu queria voltar. Que eu ia voltar”, garantiu ela.