Os brasileiros faziam uma Copa do Mundo impecável no Catar até que toparam com os camaroneses no caminho. Os representantes africanos fizeram jus ao apelido de “Leões Indomáveis” ao vencer por 1 a 0 na sexta-feira em Lusail.
Antes desta partida, o Brasil não havia perdido e não havia sofrido nenhum gol. O técnico Tite optou por descansar alguns de seus jogadores para este encontro, em especial o goleiro Alisson Becker, autor de duas paralisações até o momento.
Ederson, que joga no Manchester City, há muito preserva o histórico imaculado de seu país, mas não conseguiu fazer nada na rede de Vincent Aboubakar. Nos acréscimos do segundo tempo, o atacante camaronês desviou de cabeça um saque de Jerome Ngom Mbekeli.
Muito contente com este importante golo, Aboubakar tirou logo a camisola para festejar, punido com cartão amarelo. Após um aperto de mão, o árbitro o expulsou do jogo por ser seu segundo pênalti. Seu país teve que se defender por 10 contra 11 nos últimos seis minutos, mas sem consequências.
derrota amarga
Infelizmente, Camarões manteve seu destino apenas parcialmente em suas mãos. Era necessária uma vitória contra o Brasil, mas também uma derrota para a Suíça. No entanto, os helvéticos derrotaram os sérvios pelo placar de 3 a 2 no outro duelo do grupo G.
“É uma boa vitória, mas depois a classificação não dependeu de nós porque a Suíça venceu, sublinhou Aboubakar, em entrevista à beIN Sports após a partida. É uma pena, é uma vitória amarga. Ainda saímos da competição de cabeça erguida.”
Num sinal de que a distância entre as grandes potências e o meio-campo diminuiu, nenhum país terminou a fase de grupos com três vitórias. Camarões, ele conquistou sua primeira vitória na Copa do Mundo desde 2002. Ele havia perdido seus três jogos na África do Sul (2010) e no Brasil (2014).
“O objetivo era ser o primeiro deste grupo”, disse o meio-campista brasileiro Fabinho à rede do Catar. Era um grupo muito difícil. Acho que nos três jogos fomos superiores. Criámos oportunidades e fomos sólidos defensivamente. Esta partida mostra que em um segundo, você pode perder.
O Brasil terá apenas dois dias de folga antes de enfrentar a Coreia do Sul nas oitavas de final na segunda-feira.
A Suíça mantém seu ímpeto
Pela terceira edição consecutiva da Copa do Mundo de futebol, a Suíça se classificou para as oitavas de final nesta sexta-feira, em Doha, graças a uma emocionante vitória por 3 a 2 sobre a Sérvia.
Os helvéticos precisavam vencer para passar à próxima fase por causa da surpreendente vitória de Camarões sobre o Brasil. Por pouco o conseguiram, aproveitando a generosidade defensiva da segunda nação que permitiu mais golos (oito) desde o início da competição.
Veterano da delegação suíça, Xherdan Shaqiri completou uma manobra de Djibril Sow para abrir o placar aos 20 minutos. Da mesma forma, Shaqiri se tornou o único jogador, além de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, a enfiar a agulha nas últimas três Copas do Mundo.
Foi este mesmo Shaqiri quem preparou o gol decisivo do jogo, logo após o intervalo após um primeiro tempo incrível. O jogador do Chicago Fire viu seu cruzamento desviar para os pés de Remo Freuler aos 48 minutos, e esse sucesso acabou permitindo aos suíços prolongar sua permanência no Catar.
“Os elogios a esta equipa, que manteve a cabeça tranquila num jogo tão emocionante para muitos, lançou Breel Embolo em entrevista ao beIN Sports, autor do segundo golo da sua equipa, após o encontro. Estamos muito felizes, vamos somar os três pontos e vamos saboreá-los.
A Suíça tentará chegar às quartas de final pela primeira vez desde 1954, quando enfrentar Portugal na próxima terça-feira.
“Não é tão simples assim”, alertou Embolo. Estamos felizes por ter passado. Vamos regenerar, analisar, saborear esta vitória e tentar passar os oitavos-de-final.
Os sérvios não desistem
Como a Sérvia é um país independente, nunca passou da fase de grupos de uma Copa do Mundo. Suas esperanças de classificação eram mínimas para esta partida final, mas ela lutou com a energia do desespero.
Aos 27 minutos, Aleksandar Mitrovic enganou Gregor Kobel com um excelente cabeceamento sem cruzamento para empatar o jogo. Depois, depois de ser cúmplice deste primeiro triunfo, Dusan Tadic acrescentou mais ao preparar o golo de Dusan Vlahovic, aos 35.
Os sérvios jogaram com intensidade até o apito final, resultando em cinco de seus jogadores recebendo cartões amarelos. A última veio aos 95 minutos, quando Nikola Milenkovic e Granit Xhaka tiveram um dia de campo nos últimos segundos do duelo.
A Sérvia terminou assim a competição na 29ª posição; um resultado um tanto decepcionante para um país classificado em 21º lugar no ranking mundial da FIFA.