As próximas semanas prometem ser de muita emoção para Christine Sinclair, que anunciou sua aposentadoria na última quinta-feira.
A lenda do futebol canadense, porém, não quer receber uma homenagem semelhante à que as jogadoras dos Estados Unidos ofereceram a Megan Rapinoe, que também tomou essa decisão em agosto.
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Esta última foi homenageada antes de seu último encontro com o “Stars and Stripes” ao receber uma camisa especial enquanto sua família estava em campo. Ela também fez um discurso aos seus torcedores no final do jogo.
“Eu vi o que companheiras americanas como Megan Rapinoe passaram e sim, é o meu pior pesadelo”, disse Sinclair após os canadenses treinarem no Nutrilait Centre, em Montreal, para o duelo contra o Brasil, no sábado, no Stade Saputo.
Aquela que já enfiou a linha na agulha 190 vezes em 327 partidas internacionais terá a oportunidade de encerrar a carreira na seleção da melhor maneira possível. Na verdade, após a série de ida e volta em Montreal e Halifax no sábado e terça-feira, Sinclair jogará seu último encontro com o Canadá em sua cidade natal, Vancouver, contra a Austrália.
Apesar de tudo, a torcida terá direito a uma prorrogação, já que ela admitiu que ainda não tem planos de se retirar totalmente de campo. Depois disso, a sua reconversão será sempre feita com a bola não muito longe dela.
“Vou continuar envolvido no jogo, pretendo jogar mais um ano em Portland”, explicou o atacante do Thorns. Mas seja como treinador ou nos bastidores, não vou embora.”
Uma anedota engraçada
A seleção americana também quis homenagear Sinclair pela sua grande carreira, mas rapidamente percebeu que isso não seria possível. Para que? Simplesmente porque o atleta de 40 anos decidiu bloquear sua conta X (antigo Twitter) pouco antes das Olimpíadas de Tóquio em 2021.
“Sim, eu os bloqueei”, admitiu Sinclair com franqueza. (…) Acho que foi pouco antes de jogar contra eles e foi o suficiente. Eu tinha esquecido totalmente e não fui no (X). Não vou lá desde antes da Copa do Mundo, então esqueci totalmente.”
“Eu não vi o que eles escreveram, exceto quando meus companheiros me mostraram. Obviamente, são grandes rivais, mas agradeço-lhes pelas amáveis palavras. (…) É apenas algo que “Sinc” faria”, concluiu Sinclair com um sorriso.