A cidade de Estrasburgo, no leste da França, é a primeira cidade do país a tomar a decisão de boicotar a Copa do Mundo da FIFA no Catar e não exibirá as partidas em telões como de costume, por causa das muitas críticas feitas contra o Médio País oriental.
Vinte outras cidades francesas seguiram o exemplo decidindo não transmitir as partidas em “fanzones”, geralmente localizadas em grandes cidades para acompanhar a Copa do Mundo.
A decisão foi tomada na semana passada pelo prefeito de Estrasburgo, disse Owusu Tufuor, eleito funcionário municipal responsável pelos esportes da cidade.
“Estamos numa abordagem onde temos em conta os direitos humanos, os direitos dos trabalhadores, mas também e sobretudo a questão climática”, explicou sexta-feira ao microfone da rádio QUB.
A decisão de realizar a Copa do Mundo no Catar em novembro e dezembro gerou críticas generalizadas sobre o uso de ar condicionado nos estádios e a exploração de trabalhadores imigrantes, segundo várias organizações não governamentais.
Medo para 2026
O francês eleito também questionou a organização da próxima Copa do Mundo no Canadá, Estados Unidos e México em 2026.
“Agora é a hora de pensar na organização e como vamos mover as pessoas de um lado para o outro para assistir ao jogo”, disse ele.
“Quando você olha entre Montreal, Toronto e vê Vancouver, se colocarmos quatro equipes em seu país e as equipes tiverem que se mover entre esses lugares, você pode ver que muitas pessoas terão que se mudar e não podemos fazer isso. simplesmente não tolerou isso”, apoiou o Sr. Tufuor.
Em junho, a FIFA anunciou que Toronto e Vancouver seriam as anfitriãs canadenses da Copa do Mundo de 2026. A metrópole da Colúmbia Britânica conseguiu ingressar no processo seletivo após a saída de Montreal, em julho de 2021, após a retirada do apoio financeiro do o governo de Quebec.
Vale lembrar que esta edição da Copa do Mundo envolverá o maior número de seleções já vistas, ou seja, 48. As partidas também serão disputadas em três cidades do México e 11 nos Estados Unidos.