Há 10 anos, quando tinha 16 ou 17 anos, Daniil Medvedev adorava ver jogar Milos Raonic, que na época já estava bem consolidado no circuito.
“Ele era esse grande jogador, que conseguia dar trabalho aos quatro melhores do mundo (Federer, Nadal, Djokovic e Murray, na época), por isso era sempre divertido vê-lo jogar”, disse ao número 3 do mundo, domingo.
Medvedev, campeão do National Bank Open em Toronto há dois anos, também treinou com o veterano canadense nesta semana.
“Um bom treino”, levantou o volúvel atleta que, se por vezes consegue ser desagradável com os árbitros, costuma ser muito franco perante os jornalistas.
O mesmo poder de antes
Difícil para o russo, porém, dizer se o que viu do jogador de 32 anos nos treinos conseguirá transpor na noite desta segunda-feira, para a partida de Raonic contra a americana Frances Tiafoe, nona favorita no Queen City.
“Acho que o saque dele, os chutes… ele tem a mesma potência de antigamente (antes das lesões que obrigaram o canadense a ficar quase dois anos afastado do circuito)”, observou o ex-primeiro jogador do mundo.
“Mas o que é difícil no tênis é que durante as partidas tudo se decide nos pontos importantes, também analisou Medvedev. Você tem que acertar um ás quando está perdendo por 30-40, você tem que acertar bons arremessos enquanto ainda está na corrida.”
“Todos nós sabemos do que ele é capaz”
O russo – que fala francês muito bem, aliás – está, portanto, curioso para ver como o nível do finalista de Wimbledon em 2016 conseguirá transpor esse nível de jogo uma vez em seu encontro contra Tiafoe, ele que só disputou duas partidas desde seu retorno à competição (das segundas rodadas para ‘ s-Hertogenbosch e Wimbledon).
“Veremos”, disse Medvedev. Nas partidas, a diferença é o ritmo. Mas todos nós sabemos do que ele é capaz.”