Um murmúrio antes do clamor: os iranianos, que desta vez cantaram o hino com a boca para fora, venceram no finalzinho da partida contra os galeses (2 a 0), na sexta-feira, no Stade Ahmed Ben Ali, pelo grupo B do Global , em Doha.
Depois de uma pesada derrota inicial frente à Inglaterra (6-2), a “Team Melli” (três pontos) regressa provisoriamente ao segundo lugar do grupo e na corrida aos oitavos-de-final antes de defrontar os Estados Unidos na terça-feira (20:00). ).
Este encontro promete ser altamente político entre dois países que não têm relações diplomáticas, e pode constituir uma vingança pela histórica partida da Copa do Mundo de 1998, vencida pelo Irã.
Na sexta-feira, também houve uma questão política antes da partida contra o País de Gales. Enquanto havia se calado contra a Inglaterra, sem dúvida em sinal de apoio às vítimas das manifestações em seu país, o onze iraniano desta vez cantou – timidamente – seu hino antes da reunião.
Talvez tenha se acalmado com a prisão na quinta-feira de Voria Ghafouri, ex-jogador de futebol internacional que havia apoiado as manifestações contra o poder vigente.
– Primeiro vermelho –
De qualquer forma, os torcedores do Team Melli cantaram “Irã, Irã” bem alto depois, o que pode tê-la galvanizado, porque foi ela quem dominou o confronto antes de desferir o golpe decisivo de Roozbeh Cheshmi com um chute magnífico (90 + 8) e depois de Ramin Rezaeian (90º + 11) após um contra-ataque.
“Temos que agradecer aos nossos jogadores, eles merecem respeito e devem ser respeitados. Jogamos para os torcedores”, disse o técnico de Portugal no Irã, Carlos Queiroz.
A exclusão, a primeira da Copa do Mundo, do goleiro galês Wayne Hennessey (86º) por uma jogada perigosa diante de Mehdi Taremi ajudou muito o Irã, assim como o retorno como titular do atacante Sardar Azmoun.
Foi ele quem se revelou o mais perigoso, sobretudo quando, lançado em profundidade, acertou um poste antes de cabecear um remate de Ali Gholizadeh que tinha acertado… no outro poste (51º).
Antes, havia falhado um meio crampon para cruzar à queima-roupa (45º + 2), e havia dado uma assistência para Ali Gholizadeh (15º), antes do gol ser recusado por fora.
Foi então um aviso para o País de Gales, que nunca soube inverter o rumo da partida, perante a explosão de alegria iraniana.
Com apenas um ponto, os galeses correm perigo antes de enfrentar a Inglaterra na terça-feira, que pode se classificar já na sexta-feira (20h) em caso de vitória contra os americanos.