Andrei Kuzmenko, atacante do Vancouver Canucks, não vestirá a camisa do Pride durante o aquecimento de sexta à noite contra o Calgary Flames.
O técnico Rick Tocchet disse que respeita a decisão do russo, tomada junto com a família. Isso significa, portanto, que o camisa 96 será o único a não participar do aquecimento.
Na quarta-feira, o zagueiro Quinn Hughes disse que todos no time estavam ansiosos pela noite. “Sei que em nossa organização todos são bem-vindos”, disse ele em entrevista coletiva.
“Todo mundo tem suas próprias crenças e não cabe a mim dizer a alguém no que acreditar. Sei que temos orgulho de vestir este uniforme”, acrescentou.
Seu companheiro de equipe Ethan Bear também foi lá com um discurso inspirado, dizendo que estava decepcionado com a magnitude dos acontecimentos das últimas semanas.
“Não importa o seu gênero, sua sexualidade, sua cor de bonito, não importa. Todos são bem vindos. Eu realmente não consigo me relacionar com aqueles caras que não estão vestindo aquela camisa. Isso é decepcionante para muitas pessoas, mas para mim é um pouco confuso. Nunca pensei assim, então realmente não consigo entender”, disse Bear na quarta-feira, de acordo com a Sportsnet.
Kuzmenko não é o primeiro jogador da National Hockey League a fazer a escolha. Vários russos, incluindo Ivan Provorov (Philadelphia Flyers) e Ilya Lyubushkin (Buffalo Sabres), este último citando uma lei anti-gay do Kremlin, se recusaram a apoiar a comunidade LGBTQ+.
James Reimer (San Jose Sharks) e os irmãos Eric e Marc Staal (Florida Panthers) também evitaram usar a camisa por motivos religiosos.