O Karate Quebec é obrigado a adiar a Quebec Cup, competição que foi a primeira seleção para os Jogos do Canadá, marcada para este fim de semana, devido a uma imprecisão em torno da interpretação e aplicação do Código Penal.
Em entrevista sexta-feira na rádio QUBo presidente do Karate Quebec, Stéphane Rivest, explicou que essa situação nebulosa torna as competições de karatê ilegais em Quebec, ao contrário de outros lugares do país.
“A situação é totalmente absurda. A competição poderia ter ocorrido em Ottawa, mas não em Gatineau. Caiu como uma martelada quando o ministério nos avisou que, como a disciplina não foi mantida para os Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, nos tornamos ilegais, porque não tínhamos mais uma isenção no vínculo com o artigo 83.2.a do Código Penal”, disse. ele mencionou no microfone de Philipe-Vincent Foisy.
Este último destacou que o Karate Quebec não possui mais essa isenção ao contrário de outras províncias do país que puderam obtê-la por decreto ou lei específica.
“Por volta de 2013, a Colúmbia Britânica colocou em prática uma ordem quando a nova seção do Código Penal entrou em vigor. Ontário e Prince Edward Island fizeram o mesmo para permitir o esporte amador”, disse o presidente.
Segundo Rivest, a elaboração de uma lei ou decreto passa pelo ministério. Depois passa pelo ministro, pelo gabinete de ministros e pelo vice-governador da província.
“O ministério poderia ter reagido há nove anos ou um ano atrás quando as Olimpíadas foram lançadas”, argumentou.
Como o ministério considerou que a competição era possivelmente ilegal, o seguro do Karate Quebec não quis cobrir este evento.
“Era inaceitável realizar uma competição sem seguro. Nossos atletas estão perdendo a oportunidade de se classificar para os Jogos do Canadá. Teremos outra seleção em novembro para dar a todos a chance de ter os melhores resultados possíveis”, disse Rivest, sabendo muito bem que está em risco se a situação atual não mudar.