A Federação Marroquina de Futebol (FRMF), que considera que os Leões do Atlas ficaram privados de “dois penaltis indiscutíveis” durante a meia-final do Mundial perdida frente à França (2-0), anunciou quinta-feira ter apreendido o “órgão competente ” para contestar a arbitragem.
“O FRMF enviou uma carta ao órgão competente em que devolve à arbitragem situações que privaram a seleção marroquina de duas penalizações indiscutíveis na opinião de vários especialistas em arbitragem”, indica a Federação Marroquina em nota de imprensa.
O “órgão competente” apreendido pelo FRMF não é nomeado neste comunicado de imprensa. Durante a Copa do Mundo, a Federação Francesa (FFF) havia acionado – em vão – o comitê disciplinar da Fifa para protestar contra o cancelamento do gol de empate marcado no final da partida por Antoine Griezmann contra a Tunísia e invalidado pelo VAR após o apito final.
Durante a meia-final Marrocos-França, o único aviso do encontro dirigido ao marroquino Boufal surgiu severo, num contacto à superfície com o francês Théo Hernandez, cujo gesto também pode parecer mal controlado. Noutra ação, os marroquinos sentiram que Tchouaméni tinha cercado En-Nesyri na área.
O FRMF afirma ainda ter “protestado veementemente” contra a atuação do mexicano César Arturo Ramos e estranha “que o dispositivo de videoassistência para arbitragem (VAR) não tenha reagido a estas situações de arbitragem”.
A federação marroquina “não poupará esforços para defender e preservar os direitos das seleções nacionais, defendendo a equidade na arbitragem e denunciando estas decisões arbitrais tomadas durante esta meia-final”, escreve ainda.
Ramos, que já tinha apitado o Mundial de 2018, apitou outros três encontros no Qatar, incluindo a vitória de Marrocos sobre a Bélgica (2-0).