O safety do Quebec Alouettes, Marc-Antoine Dequoy, tem sua própria ideia das emoções que os jogadores do 49ers e do Chiefs devem experimentar com a aproximação do Super Bowl.
O atleta de 29 anos teve uma experiência muito semelhante, embora em menor escala, em novembro passado, quando o time de Montreal conquistou a Copa Cinza. Ele sabe o que é preparar-se para um jogo com que um jogador sempre sonhou.
“A pressão é inevitável, é tão grande, mas é saber administrar”, explicou durante longa entrevista na sexta-feira ao “JiC”.
“O que te mantém tranquilo é a semana de preparação, de conversa com o mundo”, disse então.
A importância dos veteranos
Foi durante a semana de preparação para a Copa Cinza que Dequoy entendeu mais do que nunca a importância de contar com veteranos de qualidade dentro de um time.
“Eu experimentei isso no vestiário”, disse ele.
“Essa é a importância da liderança, de falar, de dizer como viveu os primeiros anos, de dizer os erros que cometeu (para preparar os jovens jogadores)”, ilustrou então Dequoy.
No caso dele, foi o atacante Kristian Matte quem foi de grande ajuda.
“Para mim, foi administrar a pressão”, admitiu. A semana da Copa Cinza, para mim, foi enorme. Tive muito mais pressão do que pensava. E não por causa das pessoas: eu mesmo comecei porque sonhei com isso durante toda a vida.”
Gerenciando emoções
O outro grande desafio, segundo Dequoy, é administrar suas emoções ao longo da semana para estar pronto para soltá-las quando chegar o grande jogo.
Ele também admitiu ter cometido um pequeno erro, na véspera da final da Grey Cup, ao assistir aos vídeos dos desfiles dos Alouettes durante os títulos conquistados em 2009 e 2010.
“Isso me irritou tanto, tive que fazer flexões, andar pelo hall de entrada para me acalmar e tirar aquela energia. (…) no pontapé inicial você quer que toda aquela energia acumulada saia. Se você tirar isso no dia anterior…”
Uma das ótimas dicas de Dequoy para estar mentalmente preparado é a visualização.
“Eu visualizo tudo”, revelou. Eu estava no banho e visualizei como era, a sensação de levantar o troféu nas mãos, a sensação com os companheiros, o desfile.
Até sua famosa interceptação seguida de touchdown contra o Toronto Argonauts, na final do Leste, é uma jogada que ele visualizou detalhadamente ao analisar as estratégias do adversário.
“Se você vê as coisas acontecendo, você se coloca em posição de que elas aconteçam”, disse ele.
“Eu tinha visualizado esse jogo a semana toda (…) aconteceu”, resumiu.
Assista à entrevista completa no vídeo principal.