TORONTO | No último ponto da partida disputado, Gabriel Diallo permanecia imóvel no chão, olhando para os familiares. Como se não entendesse o que estava acontecendo com ele. Em seguida, soltou o grito de vitória, antes de acertar uma bola fora do estádio.
Aos 21 anos, o quebequense havia acabado de assinar a maior vitória de sua carreira. Sua primeira vitória no ATP, em torneio da série Masters 1000 aliás, diante de um público canadense e contra um jogador do 21º lugare no mundo. Ufa!
OBN: Entrevista Gabriel Diallo –
“Nos 20, 25 segundos após o final da partida, você não percebe o que está acontecendo. Não fazemos ideia, tudo é baseado no instinto, nossa reação não é planejada. Mas fiquei extremamente feliz”, disse o 141 nesta terça-feira.e raquete, convidada pelos organizadores do National Bank Open em Toronto, após este triunfo de 7-6 (4) e 7-5 à custa do britânico Daniel Evans.
Diante dos jornalistas, o montreal estava calmo, sereno. Por estar em campo desde o início da partida, apesar da importância do momento, ele que disputava seu primeiro encontro no grande cenário de um torneio Masters 1000.
um gigante atacando
Mas seu jogo, ele não é, do alto de seus 6 pés 8 pol. Porque ele é poderoso, Diallo. Ao crescer, ele se inspirou em outro “gigante” do tênis canadense, Milos Raonic.
Crédito da foto: Photo Getty Images via AFP
Ele gosta de atacar, para acertar o tiro vencedor, portanto. E essa estratégia não demorou a irritar Evans na terça-feira. Especialmente porque o britânico provavelmente teve pouco descanso desde o título do ATP 500 conquistado em Washington no domingo.
E Diallo teve algumas referências contra o semifinalista em Montreal no ano passado. Ele o havia derrotado há dois meses, no mesmo dia, no gramado do Challenger, em Surbiton, na Grã-Bretanha.
A superfície era certamente completamente diferente, mas isso “permitiu que sua equipe conhecesse seu estilo e os objetivos” que o quebequense precisava alcançar para vencer.
“Comecei a duvidar”
Funcionou bem no primeiro set, durante o qual Diallo salvou um break point antes de vencer o desempate.
Depois, no segundo, o grande Gabriel sacou para a partida, em 5 a 4. Mas o experiente Evans conseguiu apagar essa pausa com antecedência. Diallo não escondeu: neste momento, os nervos entraram em jogo.
“Fui 0 em 3 nas minhas partidas disputadas no ATP, observou. Então sim, comecei a duvidar. Mas isso faz parte do esporte. Todos nós passamos por isso.”
Só que, ao contrário de vários jogadores que não viveram esses grandes momentos com tanta frequência, Diallo não vacilou na segunda oportunidade. E garantiu sua passagem para a segunda fase, duelo que será disputado na tarde desta quarta-feira contra o australiano Alex de Minaur, de 18 anos.e raquete mundial.
“Mas estou orgulhoso de ter conseguido me recuperar. (…) Consegui terminar o serviço”, congratulou-se.
“Minha vida acabou de mudar”
O jovem quebequense, que se profissionalizou há pouco mais de oito meses, depois de aprender suas habilidades no circuito universitário americano, trabalhou principalmente no circuito Challenger nesta temporada.
Então é claro que ele ficou feliz em receber este convite para Toronto, depois de perder (por lesão) na segunda rodada da qualificação em Montreal no ano passado.
O que mais o emocionou nessa primeira presença no grande cenário de um Masters 1000 foi a possibilidade de jogar diante de um estádio lotado, diante do público canadense.
E se os organizadores não reservaram o centro para sua partida, sim, ele saboreou o momento ao máximo. “Bem, sim, aproveitei! ele começou com um sorriso. Antes da partida, eu realmente não sabia o que esperar. Mas a multidão foi fenomenal.
“Eu sei que tudo isso é só esporte, ele também criou. Então eu tento não fazer disso um grande negócio. Mas no fundo, sim, é um grande negócio. Ma acaba de mudar, simplesmente por ter disputado esta partida, neste ambiente.
E vai continuar na quarta-feira, Gabriel.