VANCÔVER | Os Canucks não estão no topo da Conferência Oeste à toa. Bem dotados no ataque de três trios capazes de produzir ofensivamente, têm o efeito de um rolo compressor do qual é impossível ter a menor trégua.
“Os Canucks têm um ataque com soco. Eles são capazes de marcar gols quando precisam. Eles estão completos em todas as três áreas. No terceiro período não nos deram absolutamente nada. É uma equipe rápida e pesada na frente”, indicou Samuel Montembeault, para quem foi o sexto jogo sem vitória, no final da partida.
“É difícil enfrentá-los, apesar de jogarem num estilo muito simples”, disse Mike Matheson. Eles colocam os discos na nossa zona e aplicam muita pressão com muita velocidade.
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Ciente do poder bem distribuído da equipe da Colúmbia Britânica, Trevor Letowski optou por separar Matheson e Kaiden Guhle. Excepcionalmente, o primeiro formou dupla com Jordan Harris, enquanto o segundo jogou com Johnathan Kovacevic.
Digamos que o sucesso dessa permutação foi bastante misto.
“Eles têm sido consistentes. Sabíamos que isso aconteceria, mas percebemos que é uma boa equipe”, comentou Letowski.
“Da nossa parte, não conseguimos gerar coisas suficientes. Não tivemos respostas ofensivas”, continuou ele.
Diminua a velocidade após 10 minutos
Mesmo assim, o canadense começou forte o encontro. Durante os primeiros 10 minutos, ele praticamente trocou golpe por golpe com os locais. Mas três punições consecutivas diminuíram seu ardor.
“Eles não marcaram, mas isso teve impacto no jogo”, disse Letowski, que substituiu Martin St-Louis no terceiro jogo. Essas três punições cortaram nosso ímpeto.
“É certo que os três castigos nos machucaram”, corroborou Montembeault.
Por outro lado, os Habs não mexeram as cordas durante as três superioridades numéricas das quais se beneficiaram no período intermediário. Tentando proteger a vantagem de dois gols, os homens de Rick Tocchet foram galvanizados por sua perfeição, aquém de um homem.
“Eles jogam de forma muito compacta no meio da sua zona. Tivemos tempo para sentar e preparar nossos jogos. Fizemos um bom trabalho abrindo opções o que tornou as coisas um pouco mais difíceis para eles, mas teria sido bom se pudéssemos ter marcado”, explicou Matheson.
Enchimento, selo et datas
Os Canucks cobraram quatro pênaltis no segundo período, mas até então os árbitros fecharam os olhos para algumas de suas infrações.
Uma cotovelada na cabeça de Kaide Guhle derrubou Brendan Gallagher. E uma perna de Casey DeSmith para Josh Anderson, enquanto os Canucks iniciavam um contra-ataque (no qual também marcaram), levou o grande atacante canadense a gritar para um dos árbitros as palavras enchimento, selo et data.
“Sim, eles perderam algumas ligações, mas não vou começar a reclamar do trabalho dos árbitros”, disse Letowski.
“As partidas são disputadas com muita emoção. Todo mundo quer muito ganhar. Mas poderíamos reagir melhor, evitando ficar nas costas dos árbitros. Não acho que isso possa mudar as coisas. Além disso, isso nos tira do jogo”, argumentou Matheson.
O canadense fará sua próxima partida no domingo, em Seattle.
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