Marc Bergevin costumava dizer que “nunca se pode ter demasiados defensores”. O ex-gerente geral do canadense não trabalha na equipe desde 28 de novembro de 2021, mas essa mensagem provavelmente ressoará quando os jogadores pularem no gelo.
Se todos estiverem saudáveis, não deverá haver muitas perguntas sobre os quatro primeiros. Michael Matheson e David Savard serão os mentores de seus jovens companheiros de equipe. Quanto a Kaiden Guhle e Arber Xhekaj, eles provaram na temporada passada, antes de caírem na batalha, que têm as qualidades de jogadores da NHL.
É por trás deles que existe o risco de cotoveladas.
Aos 25 anos, Johnathan Kovacevic teve sua primeira chance real na NHL quando os Canadiens o reivindicaram por isenção há quase um ano. Ele aproveitou as muitas lesões da linha azul dos Habs para se agarrar à liga nacional.
Embora seja um trabalhador honesto, questiona-se se haverá espaço para ele numa equipa defensiva saudável. O fato de ser um dos poucos laterais destros do canadense trabalhará a seu favor, contrariando seu contrato de duas partes.
Ainda nas destras, Chris Wideman pode muito bem ser apreciado por seus treinadores e atuar como um irmão mais velho de seus companheiros, mas questiona-se se Kent Hughes e Martin St-Louis podem se dar ao luxo de manter em seus treinos um jogador cujo único uso parece jogar em superioridade numérica.
Especialmente porque o Estado-Maior dos Habs sem dúvida quererá abrir espaço para Gustav Lindström, também destro, adquirido na transação que trouxe Jeff Petry para Detroit.
O acampamento será uma grande oportunidade para o sueco de 24 anos se exibir aos seus novos chefes. Recentemente, Stéphane Robidas admitiu não ter tido oportunidade de o ver no trabalho, com exceção de algumas sequências de vídeo.
Jordan Harris, por sua vez, iniciará a primeira campanha de um pacto de dois anos. O lateral de 23 anos deve se destacar neste inverno.
Crédito da foto: Martin Chevalier/JdeM
Os misturadores de cartas
O que acontecerá com Justin Barron, outro destro? O zagueiro de 21 anos, em quem os Habs colocaram as mãos em troca de Artturri Lehkonen, demora a decolar.
No ano passado, ele mostrou que tem um certo toque ofensivo. Porém, defensivamente, ainda há muito trabalho a fazer. O Nova Escócia pode sofrer por causa dos muitos defensores presentes no acampamento.
Neste inverno, ele fará parte de seu futuro, já que se tornará um agente livre restrito no final da temporada.
Primeira escolha dos Canadiens (5e no total) em julho, David Reinbacher conseguirá entrar furtivamente este ano? Se ele conhecer um lado bom, poderá forçar a direção da equipe.
Crédito da foto: MARTIN ALARIE/JOURNAL DE MONTREAL
No entanto, a escolha terá que ser clara. Caso contrário, o canadense terá todo o interesse em deixá-lo jogar uma segunda temporada na Liga Nacional Suíça. Os Habs não podem se dar ao luxo de fazê-lo perder um ano de desenvolvimento usando-o apenas esporadicamente ou mandando-o para as arquibancadas.
Outra primeira escolha da equipe chamará a atenção: Logan Mailloux cuja absolvição deverá ser confirmada pela NHL em breve. Lesionado no ombro, o ontariano conseguiu permanecer na comitiva da equipe por alguns meses no inverno passado. Ele não chegará ao acampamento em território desconhecido. Tal como Arber Xhekaj, que todos esperavam ver em Laval, ele poderia confundir a questão.
William Trudeau fez muitos olhos se arregalarem no ano passado no campo de treinamento. Desde então, a direção da equipe só fala bem dele. Trudeau, que celebrará seu 21º aniversárioe aniversário em 11 de outubro, não deveria começar a temporada em Montreal, mas quem sabe? Mais um bom camp e mais um bom início de temporada e ele poderá conseguir uma boa vaga na lista de recalls.