O ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner, condenado à prisão perpétua por corrupção, não teve sucesso no recurso em sua tentativa de contestar sua extradição para os Estados Unidos, o que poderia ocorrer, de acordo com o veredicto proferido por um tribunal na quinta-feira de Londres, Trinidad e Tobago.
Seus advogados argumentaram que sua extradição, pedida pelos Estados Unidos há mais de sete anos, era ilegal, pedido rejeitado por unanimidade pelo Conselho Privado de Londres, o mais alto tribunal de apelação de muitos países do mundo.
Warner, membro do comitê executivo da Fifa que votou a favor da concessão à Rússia e ao Catar dos direitos de sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022, já foi uma figura-chave nas proezas do futebol mundial.
O trinitário esteve no centro do escândalo de corrupção que abalou o órgão dirigente do futebol mundial em 2015 e levou a prisões do FBI em Zurique, antes do julgamento de vários altos funcionários.
“Em sua função, ele foi peça-chave em esquemas que envolviam oferecer, aceitar e receber subornos, bem como outros esquemas para ganhar dinheiro”, disse o comitê de ética da Fifa.
Warner, de 79 anos, foi posteriormente acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA em maio de 2015 e um mandado de prisão emitido por “fraude eletrônica, extorsão e lavagem de dinheiro”, entre outras acusações.
Mas o ex-presidente da Confederação da América do Norte e Caribe (Concacaf) mais uma vez se defendeu com combatividade em nota à imprensa, argumentando que as ações judiciais contra ele e outros estavam ligadas ao fato de Estados Unidos e Inglaterra não terem sido premiou a organização das Copas do Mundo de 2018 e 2022.
Esses dois países “que haviam designado anteriormente (em 1994 e 1966), não foram selecionados, apesar do lobby contínuo. Então eles não ficaram contentes e lançaram uma campanha contra a Fifa”, disse.
Warner está contestando seu pedido de extradição alegando que “não tinha conta em banco ou propriedade nos Estados Unidos”, prometendo buscar todos os remédios possíveis, certo “para terminar levando embora”.