Inspirado por seu ex-companheiro de equipe Kyle Beach, uma das vítimas do técnico Brad Aldrich, um segundo jogador está processando o Chicago Blackhawks.
O repórter do TSN, Rick Westhead, soube na segunda-feira que a pessoa, identificada simplesmente como “John Doe” nos documentos judiciais, apresentou sua queixa na semana passada no tribunal distrital do condado de Cook, Illinois.
Este ex-jogador de hóquei acusa os Blackhawks de negligência, entre outras coisas, e exige uma indenização de mais de US$ 300 mil. Assim como Beach, ele teria sido agredido sexualmente por Aldrich durante a temporada 2009-10, em que Chicago venceu a Copa Stanley. John Doe fazia parte dos “Black Aces”, grupo de jogadores que acompanhavam a equipe e que podiam ajudar em caso de lesão.
Ainda de acordo com a mídia canadense, o denunciante acredita que os Blackhawks foram negligentes na contratação do instrutor e que lhe infligiram intencionalmente sofrimento emocional. Aldrich agiu como um predador durante os playoffs, segundo a suposta vítima.
Ele supostamente recebeu pelo menos uma foto do pênis do treinador de vídeo e várias mensagens de texto perturbadoras durante as quais ele lhe dizia que poderia fazer sexo oral melhor do que qualquer mulher. Ele também teria tentado mostrar-lhe conteúdo pornográfico e pedido troca de favores sexuais.
Aldrich também supostamente permitiu que John Doe usasse seu apartamento para ter um relacionamento sexual com uma mulher, antes de invadir o quarto dela e tentar se envolver.
As reclamações de John Doe à equipe dos Blackhawks na época teriam ficado sem resposta. Ele também não teria conhecimento dos atos perpetrados contra Beach.
O caso deste último, que revelou publicamente a sua identidade em outubro de 2021, foi resolvido em dezembro do mesmo ano, quando chegou a um acordo amigável com os Blackhawks. O time da National Hockey League teve que pagar US$ 2 milhões pela má gestão do assunto, e muitas pessoas empregadas na época pelos Hawks foram demitidas, incluindo o gerente geral Stan Bowman.