Titular da temporada do Montreal Canadiens, o general manager do Alouettes, Danny Maciocia, não esconde a admiração pelo atacante do Quebec, Rafaël Harvey-Pinard. Elogiando a palavra ‘orgulho’, confessa que é este o tipo de atleta que procura no seu clube de futebol.
“Admiro a perseverança de Rafaël Harvey-Pinard, observa Maciocia. Quando você o vê ir e conhecer sua história. É um jogador que, à partida, te dá muitos argumentos para não o manter. Ele não tem necessariamente o melhor tamanho, o jogo dele não é o mais físico, também não tem o arremesso mais forte, mas dá um jeito. Porque ele tem orgulho de vestir a camisa do Canadiens.
Maciocia, que tem grande respeito pelos dirigentes dos Habs, tem o cuidado de não comentar a importância relativa dos jogadores de Quebec nos Canadiens.
“A Liga Nacional de Hóquei e a Liga Canadense de Futebol são dois mundos completamente diferentes, mas sejam jogadores de hóquei ou jogadores de futebol, esse orgulho existe”, disse o gerente geral dos Alouettes.
Sobre sua equipe, Maciocia faz questão de contar com um grande número de quebequenses.
“Quando você consegue manter seus melhores funcionários em casa, há um certo orgulho nisso, resume. No ano passado, dos 21 canadenses que vestimos, houve jogos em que 13 deles eram de Quebec.
O logotipo na frente, o nome atrás
Segundo Maciocia, um atleta quebequense deve sempre se orgulhar de defender a logomarca de um clube local, mas também deve fazê-lo de acordo com sua família e com o nome que usa nas costas do uniforme.
“Costuma-se dizer que o logotipo na frente é mais importante do que o nome na parte de trás. Sim e não, ele diz. O nome por trás também é muito importante, porque esse nome representa muitas pessoas que fizeram sacrifícios para chegar até você. Ao pisar no rinque ou no campo, é preciso pensar naqueles que marcaram sua vida para conseguir essa oportunidade.
“Não conheço Rafaël Harvey-Pinard, mas gosto de pensar que toda vez que ele veste a camisa dos Canadiens, ela representa tudo isso”, disse Maciocia.
Na madrugada do draft do CFL, que acontece na noite de terça-feira, o GM dos Alouettes sabe muito bem que este leilão não é a única forma de ter quebequenses no time. Mas se ele puder adicionar alguns, ele o fará. Uma questão de orgulho.