O que aconteceu com Joel Armia? O cara que passou duas viagens a Laval neste outono tornou-se praticamente indispensável nas últimas semanas.
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A Páscoa pode ser antecipada este ano, mas a ressurreição do menino alto, loiro e de olhos azuis é surpreendente.
“O Exército está mentalmente bem”, disse Martin St-Louis, após a derrota por pouco para os Bruins na quinta-feira.
Durante esta partida, o finlandês sombrio teve uma das noites mais movimentadas da temporada. No gelo por 17 minutos e 53 segundos, ele trabalhou para conter o ataque de Boston, especialmente com falta de um homem.
Crédito da foto: Foto Martin Chevalier
E a pressão que exerceu em território inimigo obrigou a algumas reviravoltas ou movimentos precipitados que permitiram a Alex Newhook e Joshua Roy, seus companheiros de linha, continuar o ataque.
“Vários jogadores têm muito talento, mas a sua situação mental os impede de atingir o seu potencial”, continuou o treinador canadiano sobre o mesmo assunto. Não é nem uma questão de esforço. Quando você não está mentalmente bem, muitas vezes você fica mais cansado e menos motivado.”
“Atualmente, estamos numa sociedade que dá muita ênfase a isso (saúde mental). É a mesma coisa no esporte. Esta é uma das principais razões pelas quais Armia está jogando bem”, continuou.
Consultas construtivas
É verdade que os problemas relacionados com a saúde mental são cada vez menos tabus. Mesmo no mundo do esporte. Para o canadense, basta pensar em Jonathan Drouin e Carey Price, que não hesitaram em pedir ajuda.
Cientes desta realidade, os Habs contrataram Jean-François Ménard como treinador de desempenho mental há pouco mais de um ano. O jovem de trinta anos chegou à organização com uma vasta experiência adquirida, entre outros, por artistas do Cirque du Soleil e alguns medalhistas olímpicos.
Numa rara aparição perante a mídia no início da semana, Armia explicou como suas consultas com Ménard são construtivas para ele.
“Sempre pensei muito nos erros que cometi. Foi a minha grande fraqueza, disse ele. Agora esqueço-os mais rapidamente e concentro-me mais facilmente na próxima presença. Todo mundo comete erros.”
Regaillardi par filho trio
Tanto para o aspecto mental. Mas isso possivelmente não é tudo. Sua ressurreição coincide com o retorno de Newhook ao jogo e a segunda reconvocação de Roy. Os três formaram a segunda unidade do canadense desde o encontro de 11 de março contra os Blues.
“São três jogadores com estilos diferentes que se complementam bem. Há velocidade no meio (Newhook), o Exército joga um bom hóquei. Ele tem um bom tamanho e um bom arremesso. Roy é inteligente no gelo, descreveu St-Louis. Ele está sempre no lugar certo. Ele entende o equilíbrio que você precisa no gelo.”
Durante estes 15 jogos, esta unidade contribuiu com apenas sete gols com força igual. Digamos que numa formação bem constituída daria uma boa terceira linha.
Coesão e dedicação
Mas onde Armia tem melhor desempenho é na inferioridade numérica. Seu trabalho não é estranho à sequência perfeita de 17 a 17 nos últimos seis jogos. Nesse período, ele e Jake Evans foram os dois atacantes mais utilizados pelo canadense. E de longe. Além disso, ocupam o primeiro e o quarto lugares respectivamente no circuito.
“Já faz algum tempo que tocamos juntos na mesma unidade. Graças a isso temos melhor coesão”, comentou Evans na quarta-feira, para explicar a eficácia de sua dupla.
Uma coesão que permite maior agressividade, pois diminui o medo de causar uma brecha na formação defensiva.
Para ser agressivo, é preciso se dedicar à causa. O mesmo vale para se colocar nas linhas de tiro, como fez, não sem dor, contra os Blue Jackets.
Isso também faz parte da ressurreição de Armia.
O canadense voou na manhã de sexta-feira em direção a Calgary. Ele enfrentará o Flames no sábado, às 19h, em seu primeiro jogo de uma série de cinco fora do Bell Centre.
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