Pare aí! Pare aí! Os canadenses estão aqui! Quem não se lembra deste refrão da era gloriosa dos Habs? Aquele em que o time de Montreal colecionou Copas Stanley e campeonatos da temporada regular?
Há várias semanas que os canadenses estão lá… mas não no mesmo lugar. Você esta me seguindo? Eles estão lá no sentido de que estão no jogo. Mas eles ficam aquém.
Foi o que aconteceu novamente no sábado à noite, durante a visita dos Maple Leafs. Assim como nas duas paradas na Flórida, as tropas de Martin St-Louis venderam caro a pele, mas perderam por um gol. Desta vez, na contagem de 3 a 2.
“Eles venceram, mas não fomos derrotados”, declarou o técnico canadense após o jogo.
Os linguistas dirão que esta frase não faz sentido, mas a essência do ponto é válida. Os Habs não deram nada aos visitantes. Auston Matthews e seus dois companheiros de linha foram apagados pela primeira unidade do canadense e pela dupla composta por Kaiden Guhle e Mike Matheson. Este último caminhou na superfície de jogo por 28 minutos e 12 segundos.
“Ele foi o melhor jogador no gelo”, disse St-Louis sobre Matheson, o primeiro artilheiro do jogo. Ele estava em todo lugar. Deveria ter uma estrela. »
Alguns dirão que Toronto estava sem Mitch Marner, que sofreu uma lesão na parte inferior do corpo na quarta-feira ao bloquear um chute dos Bruins. É verdade, mas se o equilíbrio dos Leafs é tão frágil, é péssimo para os playoffs.
Suzuki contra os melhores
Se a primeira linha do canadense foi tão dominante contra a dos Leafs, é porque Nick Suzuki fez um trabalho magistral ao garantir que seus companheiros pudessem colocar o taco no disco o mais rápido possível. Ele venceu 14 de seus 20 confrontos diretos, com uma porcentagem de vitórias de 70%.
“Nick adora confrontos difíceis. Ele quer vencer o melhor jogador do lado adversário. E ao jogar contra os melhores, ele se tornou o que é hoje. Fico muito confortável quando ele está no gelo”, disse St-Louis.
Suprimido do marcador em sete dos últimos oito jogos, Juraj Slafkovsky também se destacou ao marcar os dois golos da sua equipa. No de Alex Newhook, pontuado em superioridade numérica, conseguiu perder dois carpinteiros poucos segundos antes de fazer seu passe.
Não é a primeira vez que falamos sobre isso, mas ver o jovem time do canadense entrando em jogo jogo após jogo contra grandes nomes é algo animador.
“Não fazemos partidas perfeitas, mas somos combativos. É bom vir para a arena. Continuamos avançando. Estamos aqui”, disse St-Louis.
Maldita pandemia
Na NHL, pouca coisa desperta mais paixões do que um confronto de sábado entre Maple Leafs e Canadiens. A rivalidade mais antiga da história do circuito.
Esta primeira visita dos Leafs em pouco mais de 13 meses cumpriu suas promessas. Já poucas horas antes do encontro, o centro da cidade estava tomado por pedestres vestidos todos de azul. Os espiões, presentes no Peel Pub, disseram-me que se sentiam uma minoria nesta maré de cor City-Queen.
Mesmo o interior do Bell Center estava menos vermelho do que o normal, os torcedores dos Leafs e dos Canadiens responderam golpe por golpe a noite toda. É bom porque há um logotipo do Habs no centro do gelo, porque em determinados momentos seria difícil determinar com precisão qual time era o time local. Principalmente quando John Tavares deu aos Leafs a vantagem definitiva no meio do terceiro período.
Pensar que a pandemia nos privou desta atmosfera, exibindo 1000, durante a série 2021.