Após a temporada excepcional do Boston Bruins, poucas pessoas se importaram com o Florida Panthers. Mas os grandes felinos pegaram mais de uma vez em 2022-2023, mostrando que podem ter tido nove vidas.
A tropa de Paul Maurice mostrou muita inconstância, tanto que o time não estava mais realmente no retrato dos playoffs no início do ano. Seis vitórias consecutivas em março permitiram que ele arrebatasse a passagem, principalmente às custas do Pittsburgh Penguins.
Foi assim que os Panteras forçaram o jogo 6 contra seus poderosos adversários na noite de quarta-feira, vencendo na prorrogação. O atacante Matthew Tkachuk sentiu que essa seqüência de rebatidas havia acabado antes mesmo de começar.
Leia também: Os Panteras mostram suas garras e sobrevivem
Leia também: Lightning-Maple Leafs: o que poderia abalar a série
“A sensação de desespero, disse ele, segundo declarações veiculadas no site da Liga Nacional de Hóquei em língua francesa. Tínhamos que jogar com esse sentimento. (…) Era para sermos arrebatados nessa série, certo? Ninguém nos deu uma chance depois daquelas duas derrotas em casa, quando viemos para cá encostados na parede.
“Estou super empolgado. Vivemos para lutar outro dia, Tkachuk também disse em entrevista coletiva. Nós continuamos vivos.”
Atrás do banco, Maurice também sentiu essa energia particular. Segundo ele, o caráter e a resiliência dos Panteras acabaram valendo a pena.
“Estávamos tão perto da eliminação a partir de janeiro e ficamos muito bons em receber alguns golpes quando necessário”, destacou.
A rede em Bobrovsky
Alex Lyon é o goleiro que arrastou a Flórida para os playoffs e disputou os primeiros playoffs. Maurice, porém, teve uma escolha a fazer para o quinto duelo, também no TD Garden, e optou por seu veterano Sergei Bobrovsky.
“Sinto que a pressão deve ter sido sobre Sergei neste jogo. Tinha que descansar em seus ombros. Como depende de Matthew Tkachuk, (Aleksander) Barkov e dos líderes de nossa equipe. (…) Não é decisão do treinador, não é a fé que tenho nele, (o mérito) vai para Sergei Bobrovsky”, admitiu o instrutor.
O russo fez 44 defesas, mas mal se lembrava delas. Ele frustrou Brad Marchand em uma fuga nos momentos finais do tempo regulamentar.
“É apenas uma parada no momento, uma peça que surge naquele momento”, disse Bobrovsky. Eu sabia que não restava muito tempo no relógio, então ele provavelmente iria tentar. Tentei manter minha posição, ser agressivo. Tive sorte de fazer a defesa.”
Depois da emoção dos grandes momentos, os Panteras voltam para casa na sexta-feira com o objetivo de forçar a realização de um sétimo encontro. Bobrovsky deve, sem dúvida, estar à frente da jaula dos favoritos da casa.
“Temos que manter a calma. Há tantas emoções, emoções fortes. Precisamos ficar calmos, modestos, voltar ao normal e nos reagrupar. O próximo jogo será ainda maior”, afirmou o veterano de 34 anos.